Cinco eixos para o avanço no desenvolvimento do Jardim Botânico foram apresentados ao distrital Martins Machado.

As principais reivindicações dos moradores e empresários da região administrativa do Jardim Botânico foram apresentadas na sexta-feira (2) para o deputado distrital Martins Machado (Republicanos). Durante o almoço promovido pelo Movimento Comunitário do Jardim Botânico (MCJB), no Café Oikos, Centro de Práticas Sustentáveis (CPS), síndicos e lideranças comunitárias colocaram em pauta os cinco principais eixos que representam uma ponte para o desenvolvimento e consolidação do Jardim Botânico.  

Ordenadas por questões prioritárias, a mobilidade tem encabeçado a lista de demandas da comunidade. O Governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, recentemente anunciou a construção de dois viadutos na região administrativa, um no balão da Escola Superior de Guerra (antiga Esaf), já com a licença ambiental do Ibram, e o outro, no balão sentido ponte JK. Entretanto, para os moradores que diariamente enfrentam congestionamentos em horários de pico, estas duas intervenções não resolverão por completo os gargalos na mobilidade. 

Outra preocupação está relacionada com a DF-140, no setor Habitacional Tororó. Segundo os síndicos e lideranças comunitárias, a duplicação da via é fundamental, mas também não evitará que haja congestionamentos, principalmente nos horários de maior movimentação. Para eles é necessário que também seja construído um viaduto na região. 

Outro ponto também inserido nas ações de melhoria da mobilidade é a ampliação das linhas de ônibus. O Jardim Botânico é servido com os transportes de São Sebastião, possuindo apenas uma linha própria. Com o crescimento habitacional e territorial, o que é oferecido atualmente não atende a grande demanda e um terminal rodoviário exclusivo é fundamental. 

A regularização fundiária e os entraves que causam a lentidão dos processos de legalização também foram listados como prioridades pela comunidade. As lideranças presentes solicitaram apoio do parlamentar nas questões do PDOT, na revisão do Projeto de Lei Complementar dos Loteamentos Fechados (também conhecido por PLC dos Muros e Guaritas), no que refere-se a previsão de cobrança, além da questão relativa aos altos custos  de obras de infraestrutura, de compensação ambiental e florestal.  

Carro chefe das ações promovidas pelo MCJB, a sustentabilidade também foi uma das preocupações apresentadas ao distrital Martins Machado. Duas questões foram pontuadas: a ajuda para a proteção e destinação de um parque na região do Jardins Mangueiral, ao lado do presídio; e auxílio para a implantação da coleta seletiva inclusiva feita pelo Serviço de Limpeza Urbana (SLU). Os presentes lembraram a reunião que tiveram com o presidente do órgão, Silvio de Moraes, que se colocou à disposição para solucionar esses entraves. (Relembre aqui). 

Prestes a completar 17 anos e apenas um equipamento público

O JB é a 5ª maior região administrativa em extensão territorial, com perspectivas de um grande crescimento populacional em curto período de tempo, mas é a única região que não possui uma escola pública para atender a comunidade. Além disso, segundo estudos feitos pela Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan), os moradores do Jardim Botânico são os maiores pagadores de impostos per capita e, curiosamente, os mais carentes em equipamentos públicos. Este ano foi inaugurado o primeiro, uma Unidade Básica de Saúde (UBS). 

Já foram anunciadas a destinação de cinco escolas para a região, duas delas com os processos iniciados, porém estagnados. O que poucos sabem é que a poligonal do Jardim Botânico conta com regiões carentes, como os bairros São Gabriel e João Cândido, o que torna ainda mais necessária a implantação destas unidades escolares. 

Antes da pandemia, a Regional de Ensino de São Sebastião gastava, mensalmente, R$ 600 mil com aluguel de ônibus escolares para transportar as crianças do Jardim Botânico para as escolas mais próximas, gasto que poderia ser reduzido com a construção de unidades de ensino. 

Finalizando os principais eixos apresentados pelos síndicos e lideranças comunitárias,  a ausência de unidades de segurança, tais como  batalhão de bombeiros, delegacia e posto policial. A falta de efetivo próprio preocupa os moradores e empresários da região. Recentemente, a única esperança de que a qualquer momento o Jardim Botânico pudesse ter um policiamento para chamar de seu foi retirado sem qualquer explicação pela Secretaria de Segurança Pública. O posto policial da DF-001 foi reerguido com esforço e recursos da comunidade do JB, em 2017, e  continuava de prontidão, aguardando um destacamento para entrar em operação. (Veja aqui). 

Com as demandas em mãos, o deputado distrital, Martins Machado, se prontificou em ajudar e fazer gestão junto aos órgãos competentes para que as solicitações possam ser destravadas e, de fato, implantadas. Além disso, o parlamentar também se interessou nos projetos sociais idealizados pelo MCJB e que precisam de recursos para que sejam consolidados, entre eles a horta das famílias e o ecomoedas.