Perfil da população

• A população do Jardim Botânico cresceu 284% desde 2018, consolidando a cidade como uma das que mais se expandiram no DF. Majoritariamente é composta por mulheres (52,4%), e apresenta uma idade média de 36,2 anos. 68,1% da população possui ensino superior completo – quase o dobro da média do DF (38,8%);
• Quanto à religião, 45,3% se declararam católicos, 23,4% evangélicos e 7,4% espíritas. O percentual de pessoas sem religião também é expressivo, com 18% dos entrevistados.

Escolaridade da população com 25 anos ou mais, Jardim Botânico, 2024.

Composição familiar e habitação

• A maioria dos lares (36,3%) é composta por casal com pelo menos um filho;
• 12,5% vivem sozinhos e 11,7% são famílias monoparentais – abaixo da média do DF (17,2%);
• Um dado que reforça o perfil residencial da região é que 90,3% dos moradores vivem em casas (apenas 9,7% vivem em apartamentos), evidenciando a baixa densidade demográfica e uma qualidade de vida diferenciada. Além disso, 65,2% dos domicílios têm pelo menos um animal de estimação, como cães e gatos, acima da média do DF (55%);
• A cidade está cada vez mais regularizada, sendo que 56% dos domicílios têm escritura registrada, acima de regiões vizinhas como São Sebastião (26,5%) e Paranoá (5,6%).

Distribuição da população por arranjos domiciliares, Jardim Botânico, 2024.

Saneamento básico e infraestrutura

• 42,1% dos domicílios ainda utilizam fossa séptica, e apenas 54,1% estão conectados à rede de esgoto – um dos piores índices do DF. Em comparação, o DF tem 86,5% de cobertura de esgoto e apenas 8,7% usam fossa. No Lago Sul, a cobertura de esgoto chega a 92,5%;
• A falta de esgotamento é grave, principalmente considerando o padrão de renda e escolaridade da população local.

Mobilidade urbana

• Em um contexto de ausência de um terminal rodoviário e poucas linhas de ônibus, a maioria dos deslocamentos no Jardim Botânico ocorre por meio de automóveis. Segundo a pesquisa, 76% dos moradores usam carro para trabalhar, 13,8% usam ônibus e 4,6% vão a pé, como pesquisa do MCJB realizada em 2024 já havia alertado (relembre aqui);
• Mesmo com todos os problemas de mobilidade, o tempo médio de deslocamento é inferior ao de outras regiões: 64,8% levam menos de 30 minutos para chegar ao trabalho e apenas 27,9% gastam mais de 30 minutos, o que representa uma situação melhor do que a de São Sebastião, onde 41% dos trabalhadores gastam mais de meia hora no trajeto;
• A posse de veículos também é alta: 89,3% das famílias têm pelo menos um carro;
• Para estudantes, 61,7% são levados de carro à escola, enquanto em São Sebastião apenas 8,3% usam automóvel e 33,2% usam ônibus, mostrando mais uma vez a falta de transporte coletivo eficiente no JB, sem um terminal rodoviário e sem um Plano de Mobilidade.

Saúde e plano de saúde

• 72,5% da população possui plano de saúde, contra 36,5% da média do DF – mais um indicador do poder aquisitivo satisfatório e da dependência da rede privada, considerando que a cidade tem apenas um equipamento público de saúde.

Nos últimos 12 meses precisou/realizou de atendimento de saúde, Jardim Botânico, 2024.

Posse de plano de saúde, Jardim Botânico, 2024.

Trabalho e empreendedorismo

• O Jardim Botânico apresenta um dos menores índices de desemprego do DF: apenas 2,9% da População Economicamente Ativa está desocupada. No DF, esse percentual é de 6,4%, enquanto em São Sebastião é de 7,8%;
• A maioria da população ocupada atua no setor público (35,8%), seguido pelo setor privado (34,7%) e autônomos (22,6%). Entre os empreendedores, 35,3% atuam como Microempreendedores Individuais (MEI), um dos maiores índices do DF. Confira toda a pesquisa aqui.

Posição no trabalho principal, Jardim Botânico, 2024.

Confira toda a pesquisa aqui.

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