O projeto é fruto de compensação ambiental. O local: o Jardins Mangueiral. A finalidade: educação ambiental.

Por Patrícia Gusmão (Jornalista Voluntária MCJB) – 31/07/2023

Hoje, abrigando o MCJB, o CPS pertence ao Instituto Brasília Ambiental – IBRAM desde 29 de março de 2018. O espaço foi entregue ao órgão pelas empreiteiras que edificaram o Jardins Mangueiral, com o objetivo de ser um centro de educação e sensibilização social quanto ao meio ambiente, visando, principalmente, as áreas protegidas e unidades de conservação da região, incluindo o Jardim Botânico de Brasília.

A fim de preservar e manter o local, o Movimento Comunitário Jardim Botânico mantém sua sede no CPS e faz toda a Administração do Centro com gestão de dezenas de projetos voltados para defesa das áreas protegidas e estreitamento da relação com a comunidade local oferecendo atividades esportivas, ecowork, viveiros de diversas plantas, ecofeira, biblioteca Oikos, oficinas gratuitas, as quais o público local pode participar acessando a página das atividades.

Para manter a informação em dia sobre as diversas oficinas, basta seguir as redes sociais, canal de comunicação com a comunidade (instagram, facebook e whatsapp ).

“A área do CPS é um espaço onde a Comunidade pode se reunir; foi um espaço criado para a comunidade se encontrar, discutir os problemas da cidade, trazer as discussões de interesse de todos os moradores da região, principalmente às questões ligadas ao meio ambiente e questões de como tornar a nossa cidade mais limpa, mais organizada, mais igualitária, onde todas as pessoas possam viver com mais dignidade, mais conforto, mais segurança. Então o CPS é a materialização de todos esses desejos e anseios que uma comunidade tem que ter.”, explicou a presidente do MCJB, Rose Yani.

Outro aspecto importante na proposta de criação do CPS é que ele pretende ser um instrumento de integração das ações institucionais e governamentais em favor do desenvolvimento sustentável. O objetivo é ter uma gestão integrada e inovadora na Administração Pública que priorize o desenvolvimento de tecnologias sociais e de práticas voltadas para a construção cidadã e o respeito ao meio ambiente.

“O Centro de Práticas Sustentáveis tem talvez uma trajetória única se formos pensar nesses espaços que hoje são ocupados pela comunidade. Ele surgiu de um processo de compensação ambiental para a construção do bairro Mangueiral. E daí resultou a possibilidade dessa parceria com o Movimento Comunitário do Jardim Botânico. Então, é um espaço que surge como um prédio público voltado especificamente para área de educação ambiental e que hoje é administrado pela comunidade. Nesse aspecto, o CPS por si só já é uma grande ação de educação e de comprometimento dessa comunidade em relação às questões ambientais. Além disso, a gente não pode deixar de destacar, obviamente, que a construção dele é uma construção sustentável, com várias tecnologias que podem ser copiadas depois em outros prédios e em residências. É um espaço que hoje atende parte de educação ambiental com projetos do IBRAM, além das iniciativas que acontecem na própria comunidade já que é uma gestão compartilhada.”, disse o Luiz Felipe Blanco de Alencar, coordenador do IBRAM.

Outra curiosidade sobre o CPS é que o projeto arquitetônico também é sustentável, e por isso obteve a Certificação Aqua (Alta Qualidade Ambiental). Os materiais usados na construção do Centro, como também os fornecedores escolhidos, foram selecionados de empresas possuidoras do certificado Coatings Care (programa internacional de atuação responsável como o meio ambiente).