Construção de Terminal Rodoviário do Jardim Botânico continua parado

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Construção de Terminal Rodoviário do Jardim Botânico continua parado

Apesar da necessidade de maximizar o transporte público, órgãos do GDF ainda analisam local e viabilidade de construção do terminal rodoviário no Jardim Botânico e de mais linhas de ônibus para a cidade.

Por Redação MCJB – 20/04/2023

Além dos problemas de trânsito enfrentados pelos moradores do Jardim Botânico, o usuário do transporte público vai continuar pagando mais caro pela passagem, até que a construção do terminal rodoviário saia do papel. Segundo a Secretaria de Mobilidade e Trânsito – SEMOB, os estudos de viabilidade para execução do empreendimento estão em fase inicial. 

Atualmente a maioria das linhas que passam no JB saem do terminal de São Sebastião, com a tarifa de R$5,50, devido às distâncias. Se construído um terminal próprio, os usuários pagarão a tarifa reduzida de R$3,80 ou R$2,70 (depende da rota). 

Outro inconveniente é o estado do terminal de S. Sebastião, cujos baias chegaram ao limite. Além de não comportar novas linhas, os ônibus que saem para o JB chegam lotados ao bairro, obrigando o usuário a fazer o percurso em pé ou esperar outro ônibus. O aumento de linhas que atendam a cidade do JB só será possível com o terminal construído. 

A indicação de terreno é o primeiro passo para iniciar o processo. A Administração Regional do JB informou que o terreno disponível para isso é de destinação prevista para a PMDF, que ainda não decidiu se vai liberá-lo para o terminal. 

Local indicado para ser o terminal rodoviário do JB.

Em reunião com o Conselho Comunitário de Segurança do Jardim Botânico – CONSEG JB, no dia 13 de Abril de 2023, na sede do Movimento Comunitário Jardim Botânico (para assistir clique aqui), a Secretária da Comissão de Transporte e Mobilidade Distrital da Câmara Legislativa, Adriana Souza, doutora e mestre em transportes pelo Departamento de Engenharia Civil e Ambiental da Universidade de Brasília, defende a ideia de uma Brasília integrada em termos de mobilidade. Segundo Adriana, mobilidade não se refere apenas ao sistema viário. Trata-se de um conceito que abrange bicicleta, ônibus, até mesmo andar a pé. “Precisamos discutir outras formas, com um viés mais amplo. Me entristece que em Brasília, falar em mobilidade significa aumento do sistema viário. Temos de brigar por uma cidade integrada.”, conclui a secretária. 

PREJUÍZO DE BILHÕES

As justificativas e necessidades de um transporte público de qualidade são inúmeras. De acordo com estudo da Federação de Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), estima-se que, no Brasil, o prejuízo acarretado pelo desperdício de tempo no trânsito é de mais de R$ 111 bilhões por ano. Sem transporte público, a economia de um grande centro urbano sucumbiria. Com as vias ainda mais engarrafadas pelo aumento da circulação de carros e motos, as pessoas têm menos tempo para se dedicar ao trabalho, mais atrasos, mais estresse e menor produtividade. (Acesse a pesquisa clicando aqui).

Não bastasse o prejuízo econômico, o Jardim Botânico coleciona problemas de mobilidade. Tem apenas três linhas de ônibus exclusivas para o bairro – as linhas 180.7, 180.3 e 180.2. A primeira atende o Altiplano Leste, a segunda, o Condomínio Itaipu passando pela Estrada do Sol e a terceira atende o Jardins Mangueiral. Considerando a grandeza do bairro, essas três linhas não suprem a demanda. 

Os moradores reclamam constantemente de serem obrigados a enfrentar os ônibus sempre lotados, com dependência das linhas de São Sebastião e de linhas de outras regiões administrativas, o que encarece a viagem. “Eu mesmo quando preciso pegar ônibus tenho que ir a pé até a parada próxima ao posto policial, ando bastante”, queixou-se Letícia Soares da Silva, diarista e moradora do Altiplano Leste.

Outro fator relevante para o investimento em transporte público é a diminuição da poluição, uma vez que o transporte público de qualidade está diretamente ligado à redução de carros circulando, com impacto positivo na incidência de acidentes. Quanto mais a cidade empregar capital na estrutura pública de trânsito, mais vidas podem ser salvas. E o meio ambiente certamente vai agradecer!

 

 

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