Por Livino Silva – Diretor Administrativo do MCJB – 30/11/2021 às 10h00
No ultimo sábado, dia 27 de Novembro de 2021, um temporal atingiu o DF. Não sou especialista e não posso descrever com exatidão a força do fenômeno climático que se abateu sobre nós, mas analisando os efeitos sobre a nossa comunidade, o Jardim Botânico, uma palavra me vem de pronto, “Calamidade”. No momento em que surgem estas palavras, fazem 70h que o fornecimento de energia não foi plenamente restabelecido por aqui.
Depois de acometidos por um forte temporal e vendaval, seguiu-se a constatação de inúmeras árvores, outdoors, telhados e coberturas tombadas e, para o nosso desespero, sobre a rede elétrica de muitas partes do DF. Aqui no JB não foi diferente, 16 condomínios ficaram sem o pleno fornecimento do serviço.
Sem conseguir atendimento, talvez pelo sem número de reclamações e chamados, não sabemos mais a quem recorrer. Não ficou claro para nós em que instância, acima da ouvidoria da nova concessionária, a Neoenergia, devemos recorrer. Não restou no GDF um ente regulatório para nos acolher? Quem sabe, um grupo de trabalho para acompanhar os dados da prestação do serviço, que continua sendo público, afinal, a avaliação e controle ainda são de responsabilidade do estado. É como entendo.
Ficou claro para nós que a empresa esteve distante de garantir o atendimento adequado que os cidadãos da RA com a maior arrecadação per capita de impostos e taxas precisaram. WhatsApp, APP, Instagram, 116 e ainda são 70h sem solução efetiva.
A privatização ou desestatização, como queiram, das concessionárias é promessa de vários políticos pelo país. Parece ser o caminho natural das estatais brasileiras, não discordo, e a solução, ou salvação, esperada por muitos. Mas me confesso cético sobre isso. Sempre me preocupei com quem fará a regulação desta montanha de serviços públicos “terceirizados” de fato e de direito. Avaliação e Controle, lembrem-se.
Nossa comunidade já se mobilizou, o MCJB contatou a imprensa e está documentando todos os prejuízos para notificar as instituições responsáveis envolvidas, podendo inclusive judicializar, se for caso. O CONSEG JB acionou as instâncias do GDF para a imediata solução do problema e todos juntos estão agora engajados para que esse problema não se repita.
Sem promessas, precisamos de solução. Quem responderá pelas “noites em claro” (no escuro) tentando resolver o que fazer com todos os víveres e medicamentos se perdendo nas geladeiras e congeladores das casas e do comércio. Trabalhos e reuniões não realizados. Eventos cancelados e lojas não abertas. A Neoenergia já quase nem responde aos nossos chamados…
Quem sabe estejamos acendendo nossas velas para o santos errados.