Da Redação do MCJB – 22/03/2016

No último dia 15 de março, a
diretoria do Movimento reuniu-se com
a assessora do governador, Mariana Sales. Participaram da reunião os síndicos
de condomínios da Estrada do Sol, representantes do Mangueiral, do Jardim
Botânico 3 e do comércio.  Também
participou o presidente do CONSEG e a editoria do Blog do Movimento.

A reunião foi motivada pela
necessidade de se informar o governador acerca da realidade do bairro, que tem
pautas exclusivas, como a regularização de condomínios, por exemplo, questão que
se desdobra em outras questões, como a vivida pelo comércio, cujo estacionamento
afugenta os clientes que procuram outros lugares para comprar. Os projetos de
melhoria do estacionamento são sucessivamente anulados, sempre refeitos e nunca
executados.

A exposição foi apresentada em
data show e, a cada ponto, um dos presentes apresentava a questão a partir da
perspectiva do grupamento que representava. A pergunta central era “por que o
governo despreza o Jardim Botânico?” Além do questionamento que pautou a
apresentação, os presentes ratificaram posição já assumida por moradores e pelo Movimento de desacordo a ação de grileiros. E protestaram pelo fato de que, para o governo, o bairro é reduto de grileiros.

Outros temas se sucederam, tais
como falta de investimentos, ausência de previsão orçamentária para o bairro em
2016, falta de segurança, regularização de condomínios, projetos não
concluídos, etc. Ficou evidenciada a
insatisfação comunitária gerada pela vacância do cargo de administrador da
região administrativa do Jardim Botânico que, na visão dos líderes
comunitários, causa boa parte dos problemas, portanto sua ocupação seria o ponto
de convergência para boa parte das soluções. Atualmente, devido a Lei de
Responsabilidade Fiscal, o cargo está vago e é ocupado interinamente pelo
administrador do Lago Sul.

O Jardim Botânico, conforme
apresentado à assessora do governador, é um bairro que tem seus condomínios
ocupando cerca de 70% de área particular e não área pública; que uma estimativa
de 64 mil pessoas ocupam cerca de 80% da área edificada; que é o bairro com o
maior potencial de pagamento de impostos, 
segundo dados da Codeplan, e, apesar disso, não tem qualquer equipamento
público (escola, delegacia, posto de saúde, etc.).

Lei de Responsabilidade Fiscal e sacrifício

Os presentes à reunião foram
unânimes em concordar com o esforço do governo Rollemberg em conter os excessos
herdados. A cota de sacrifício, entretanto, precisa ser repartida entre todas
as regionais e esse entendimento precisa ser compartilhado com o governo do
Distrito Federal. Esta é a opinião do vice-presidente do Movimento,que
apresentou as distorções no aparelhamento de pessoal nas diversas regionais. Exemplo
dessa distorção é uma RA (bairro) com um número de habitantes muito inferior ao
Jardim Botânico, mas com mais do dobro de servidores na Administração.

Distorções como esta confirmam o
“desprezo” ao bairro, quadro que o Movimento
quer mudar através do diálogo com o governo do Distrito Federal.