Agora são quatro o número de condomínios que promovem a reciclagem social através do recolhimento de seu lixo, que combina ação ambiental e ação social, resultando em aumento efetivo de renda para catadores e suas famílias.

Material de divulgação da Coleta Seletiva Inclusiva do Condomínio Estância Quintas Alvorada

Desta vez foram o Condomínio Morada de Deus (AMOBB) e o Estância Quintas Alvorada que se juntaram ao Condomínio Verde e ao Ouro Vermelho 1 e aderiram à coleta seletiva de lixo. Com isso, ambos os condomínios se adequam à política de resíduos sólidos ao mesmo tempo em que contribui para uma ação social que aumenta a renda de famílias de catadores.

Desde dezembro os catadores já estavam visitando residências e mobilizando os condôminos para explicar como separar corretamente o material reciclável do lixo orgânico e comum. A coleta no AMOBB começou no dia 2 de janeiro último e a do Estância Quintas Alvorada começa em 1º de fevereiro. A expectativa dos catadores é reciclar 10 toneladas por mês só com a quantidade à mais de material recebido, oriundo destes condomínios. “Para nós, na prática equivale à aproximadamente R$150,00 à mais por mês na nossa renda”, explicou Cristiane Pereira, presidente da Associação de Catadores Recicla Mais Brasil, que firmou parceria com o Movimento em Agosto de 2017 (relembre aqui). O objetivo da parceria é adequar os condomínios à política de resíduos sólidos, com a diminuição de custos de coleta de lixo para os condomínios e uma efetiva ação social que aumente a renda de famílias de catadores.

A parceria com os catadores, além de adequar os condomínios à Política Nacional de Resíduos Sólidos, também protege de um possível aumento no custo da coleta de lixo. Com o fechamento do lixão da Estrutural, qualquer lixo recolhido deverá ser destinado ao novo aterro em Samambaia, que é muito mais distante e só receberá rejeito, material que sobra após a retirada de tudo que pode ser reaproveitado. E, para receber material reciclável, o aterro vai cobrar.

A mudança é decorrência da Lei 5.610, de 2016, e está em vigor desde 1º de agosto de 2017, causando grande impacto nos grandes geradores comerciais de lixo e grande preocupação nos síndicos que ainda não aderiram à coleta seletiva de lixo, pois temem aumento de custos. Segundo a Política Nacional do Meio Ambiente, de 1981, e a Lei de Crimes Ambientais, de 1998, colocar resíduos sólidos em lixões é considerado irregular. A Política Nacional de Resíduos Sólidos, instituída pela Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010, estabeleceu, entre outras imposições, que os aterros sanitários somente poderão receber rejeitos. Na prática, isso significa que os condomínios precisam fazer a coleta seletiva de lixo ou correm o risco de pagar até R$196,00 por tonelada de lixo recolhido pelo SLU, pois o lixo entregue junto com o material reciclável será cobrado em conjunto, garante o GDF. Com a regulamentação da nova lei, os produtores de lixo também ficam responsáveis pela separação dos recicláveis (papel, papelão, alumínio e plástico).

Para mais informações sobre a parceria do Movimento com a Associação de Catadores, entrar em contato com:
Associação de Catadores Recicla Mais Brasil:
– Telefones: (61) 99575-3378 / 99191-3344
– Endereço: Quadra 05, Conjunto D, Lote 01, ao lado do SLU
– Paranoá- DF
– E-mail: reciclamaisbrasildf@gmail.com
– Site: www.reciclamaisbrasildf.com.br