Secretário de Segurança recebeu, na última quinta (17), lideranças comunitárias do JB para discutir situação do bairro em segurança pública. Proposta de monitoramento por câmeras, apresentada pelo Movimento Comunitário do Jardim Botânico, foi bem recebida.

Solicitado pelo Conselho de Segurança do Jardim Botânico, o encontro realizou-se entre lideranças do bairro e o secretário de Segurança Pública e da Paz Social do DF, Edval de Oliveira Novaes Júnior, e sua equipe. Dois assuntos dominaram a pauta: o aumento na incidência de crimes no bairro e a proposta de monitoramento por câmeras levada pelo Movimento Comunitário do Jardim Botânico.

As lideranças comunitárias, bem como o presidente do CONSEG-JB, foram unânimes nos relatos sobre a insegurança no bairro. Há um aumento significativo nos casos de furto a residências em condomínios fechados e de assaltos a ônibus e pedestres na região do Jardins Mangueiral.

O Secretário de Segurança ouviu a proposta de monitoramento por câmeras, segundo modelo adotado por bairros da cidade de São Paulo. As câmeras detectam veículos roubados e alertam a comunidade e a própria polícia. O software que processa as imagens e analisa as placas de veículos será obtido, por doação, junto à empresas da cidade e à Tecvoz. O Secretário reagiu positivamente à proposta, reconhecendo a operacionalidade do sistema para a polícia, uma vez que câmeras tem efeito tanto preventivo, por constranger o ato delituoso, como investigativo, por oferecer informações para a elucidação de crimes: “As câmeras não implicam em um aumento de efetivo, porém melhoram a ação preventiva da polícia”, afirmou.

A proposta é utilizar o Jardim Botânico como projeto piloto em videomonitoramento.

Situação crítica

Flávio Santos, presidente do Conselho Comunitário de Segurança do Jardim Botânico (CONSEG-JB), apresentou os principais problemas do bairro. Na falta de delegacias ou batalhões, o bairro é atendido pelo Paranoá e São Sebastião, uma divisão de atendimento que apresenta problemas.

O presidente do CONSEG-JB também reclamou que o furto a residências, a principal ocorrência criminal do bairro, não está dentre as estatísticas criminais monitoradas pelo Viva Brasília, a principal política de segurança pública do DF, (http://vivabrasilia.ssp.df.gov.br/). Essa ausência de acompanhamento torna o JB invisível para as estatísticas governamentais e não resulta em ações institucionais de combate a esse tipo de crime. “Pedimos que a nova proposta de poligonal, já elaborada pela CODEPLAN, seja analisada e colocada no planejamento da Secretaria de Segurança, visto que se aprovada, o JB passaria a ser a quarta maior R.A. do DF”, finalizou Flávio Santos.

Presente ao encontro, o Presidente da Associação de Amigos do Jardim Mangueiral, Paulo Isidoro, explicou que o Mangueiral sofre com assalto a pedestres, principalmente nas proximidades de paradas de ônibus. Ele considera, assim como a comunidade, que as rondas ostensivas da PM seriam uma medida importante para evitar o aumento da criminalidade no Mangueiral.

O que já foi feito pela Segurança

Apesar da situação ser considerada crítica pelo presidente do CONSEG, há também conquistas que precisam ser registradas. Uma delas é o projeto Vigilância Comunitária (clique aqui para saber mais), que gerencia um fundo comunitário mantido pelos condomínios, responsável pela revitalização do Posto Policial do JB e pequenos reparos de viaturas.

Outro avanço foi a implantação do SMAPI (botão de pânico) e as redes de vizinhos protegidos (clique aqui para saber mais sobre esses projetos).